domingo, 21 de abril de 2024

PROTEÇÃO SOCIAL DO IDOSO.

A recolocação dos cidadãos idosos reformados é um ato de boa gestão do Estado e das Empresas; constitui uma medida social do maior alcance que dignifica as partes envolvidas.

Muito embora se tenha conhecimento da existência de programas sociais de apoio aos idosos, o que na prática se verifica, em Portugal, ao nível do setor privado, é que as pessoas, por exemplo, aos quarenta e cinco anos de idade, são velhas para obterem novo emprego, e demasiado novas para passarem a uma situação de aposentação.

No setor público do Estado, a situação não é melhor porque um funcionário da Administração Pública, Forças Armadas, de Segurança e outros Corpos Especiais, que passe à situação de reforma, fica legalmente impedido de continuar a trabalhar no setor público, com todos os deveres e direitos, podendo fazê-lo,  porém, na condição coerciva de lhe serem retirados dois terços ao valor da reforma ou da remuneração das novas funções, conforme então disposto no Decreto-lei 179/2005 de 2 de Novembro, o que está em contradição com os programas sociais que tem por objecto: «(…) Fomentar a autonomia do idoso incentivando a sua participação na vida da comunidade, (…) valorizar o idoso como detentor de experiências, saberes e culturas que a sociedade deve aproveitar e que deve preservar.» (CORREIA, 2003:306).

A terceira possibilidade, da utilização dos idosos, relaciona-se com os serviços de voluntariado, aqui balizado por condições estimulantes para o idoso, porque atualmente não será suficiente um voluntariado sustentado apenas em sentimentos de solidariedade, em virtudes de Caridade e Compaixão.

Hoje, tal como acontece em muitas instituições de solidariedade social, exige-se um mínimo de competências que o voluntário deve possuir, sob pena de o seu trabalho não ser valorizado como merecido, ou tornar-se prejudicial, podendo-se invocar, a título de exemplo, o trabalho desenvolvido pelos Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha, Associações dos Amigos dos Hospitais, felizmente, entre muitos outros, sendo desejável e exigível que o voluntário seja competente, o que pressupõe conhecimentos, técnicas, experiências, formação permanente e atualização.

Nesta perspetiva, o mínimo que as Instituições, que têm ao seu serviço voluntários, devem fazer é compensá-los pelo seu trabalho, não necessariamente, sob a forma de um salário, um vencimento fixo e respetivas obrigações fiscais, mas, outro sim, uma gratificação que cubra, pelo menos, as despesas que o voluntário tem e lhe permita, inclusivamente, adquirir mais formação, meios para o exercício da atividade voluntária e algum outro benefício/regalia fiscal/social e/ou ao nível da própria instituição, por exemplo, no âmbito dos serviços que ela presta, nomeadamente descontos nos seus produtos, serviços e prioridade em relação aos utentes em geral.

O voluntariado continuará a ser sempre uma atividade excecional, altruísta, merecedora de maior respeito e consideração, reconhecida e estimulada, materialmente recompensada, até porque ninguém é obrigado a ser voluntário em coisa alguma, portanto, mais uma razão para não lhe serem recusados os apoios necessários.

 As políticas de proteção social, a nível europeu, deixam em aberto a possibilidade de medidas nesse sentido: «Assim, o contributo útil do idoso tenderá a ser reconhecido, não só como um imperativo financeiro, mas também como uma necessidade social, por contrariar a constituição duma sociedade inclusiva e a promoção dum envelhecimento activo, mas também como uma necessidade económica face à diminuição da população activa.» (Ibid.:313).

Uma quarta hipótese viável prende-se com as atividades cognitivas, físicas e habilidades diversas, destacando-se, talvez, a informática, lúdicas, incluindo outras similares. Consideram-se louváveis e bem-vindas todas as iniciativas, que proporcionem aos idosos uma melhor qualidade de vida, nesta se incluindo as atividades que contribuam para o manter ativo no seu todo: intelectual, física e ludicamente.

As Universidades Seniores, como generosamente são denominadas, os ginásios desportivos, as viagens e passatempos diversos, são meios extremamente eficazes para manter os idosos, mental e fisicamente jovens, proporcionalmente às respetivas idades.

Instruir a pessoa, ainda na sua fase de vida ativa obrigatória, com a antecedência possível, sempre antes da passagem à reforma, para, logo que esta aconteça, estar preparada para, dentro das possibilidade que lhe são oferecidas, optar por um novo e último ciclo da sua vida, ocupando-o com a (s) atividade (s) que mais são do seu agrado, poderia muito bem ser uma responsabilidade do Estado, das empresas e da sociedade, até porque o investimento assim realizado seria reembolsável no futuro, pela manutenção da autoestima, boa condição intelectual e física do idoso, que não necessitaria tanto do apoio médico-medicamentoso.

A educação e formação do idoso, para nesta fase da sua vida ter as melhores condições, não só para viver com melhor qualidade de vida, como também para estar à altura de transmitir às gerações mais novas, que se lhe vão seguir, todos os conhecimentos, experiências e sabedoria, constitui uma estratégia muito interessante e de grande visão político-social, porque se acredita na sua eficácia, justamente para o bem-estar e felicidade espiritual do idoso.

Se o Estado e algumas instituições investem nos jovens, em pelo menos duas vertentes: Educação e Formação, versus, Conhecimentos e Experiências, sem que primeiro se possam avaliar os resultados, o investimento nos idosos, que dentro de poucas décadas serão a maioria, torna-se uma possibilidade com futuro garantido, no sentido de prepararem os mais novos.

Vão ser estes jovens que terão de assumir responsabilidades em muitos setores das atividades de um país, de uma empresa e até de uma família, pelo que devem estar bem preparados a todos os níveis: científico, técnico e humano, porque: «Uma educação que se preze deve abranger toda a personalidade tendo como objectivo uma educação holística ou global, visando o bem-estar ou a felicidade do educando, no caso vertente, do idoso, e ainda que ele atinja a sabedoria.

Por outras palavras, deve ser uma educação com valores e para os valores ou uma educação axiológica. (…) Em todo o caso, é lícito falar de uma educação para a reforma, tendo em conta as diversas situações do indivíduo e do meio, em geral fornecendo informações antecipadas sobre a situação e ajudando a superar as dificuldades. Os próprios reformados já há vários anos, estão em condições de ajudar, melhor que ninguém, os seus colegas, dada a experiência por que passaram.» (OLIVEIRA, 2006:280).

Fica-se, todavia, com uma primeira reflexão sobre a importância dos idosos e a riqueza que eles representam para o bem-estar e felicidade da humanidade, porque o património que eles carregam, fruto da educação e formação que foram adquirindo ao longo da vida, das experiências vividas e sabedoria acumulada, não se pode perder.

Jogar fora, por absurdos preconceitos etários, um património tão valioso quanto inimitável, significa uma visão redutora, receosa da perda de um qualquer poder, ou de não o vir a alcançar mais cedo, porque, alegada e eventualmente, haverá um idoso no caminho da progressão de um jovem.

O resultado, infelizmente, está à vista, um pouco por todo o mundo, por decisões tomadas por pessoas imaturas, inexperientes e imprudentes, a maior parte das quais com muito menos dos tais sessenta e cinco anos de vida. Reflita-se primeiro e decida-se depois.

 

BIBLIOGRAFIA

 

CORREIA, J. Martins, (2003). Introdução à Gerontologia, Lisboa: Universidade Aberta.

OLIVEIRA, José Barros, (2006). “Educação das Pessoas Idosas”, in: Psicologia, Educação e Cultura. Carvalhos: Colégio Internato dos Carvalhos. Vol. X (2), dezembro-2006, pp. 267-309

 

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 14 de abril de 2024

Preconceitos contra pessoas idosas

 Os preconceitos, estigmas, paradigmas e outros juízos de valor sobre os idosos, têm vindo a contribuir para uma certa institucionalização de uma sociedade desumanizada, que despreza as gerações mais velhas, excetuando-se, aqui, eventualmente, a única situação em que eles são considerados úteis: nos processos eleitorais, em que tudo se lhes promete e, no dia seguinte ao ato plebiscitário, tudo se lhe nega, incluindo o direito ao trabalho e os benefícios legalmente adquiridos.

Pactuar com estes comportamentos mesquinhos e hipócritas significa desenvolver uma sociedade de falsidades, de marginalização dos próprios concidadãos, grande parte dos quais, ainda com grande vigor físico, intelectual e dinamismo suficientes para continuarem a dar o seu melhor ao país.

Novas políticas para a dignificação, recuperação e intervenção dos idosos na sociedade de todos, podem significar a diferença entre um futuro de valores, de convicções, de ideais realizáveis e um futuro sem perspetivas, atípico, sem sentido de vida, um futuro de ostracismo e “morte lenta”.

O progresso material e a felicidade espiritual da pessoa integrada numa sociedade verdadeiramente humanista passa, imperativamente, pela consideração devida aos mais velhos, e a tudo o que eles representam, com sucessos e com fracassos, porque eles são a história, a língua, a cultura, as tradições, os valores, o trabalho feito que os mais novos estão a usufruir e, se possível, a melhorar.

Uma primeira abordagem poderá ser desenvolvida no sentido de atender às necessidades daqueles que, por incapacidade de qualquer natureza, ou por opção própria, não podem e/ou não querem continuar na vida ativa, preferindo os cuidados médico-sociais adequados, acompanhados de uma vida de reflexão, de tranquilidade e de recordações.

É certo que as famílias de hoje, por circunstâncias diversas, não têm condições materiais para: cuidarem condigna e adequadamente dos seus idosos; nem possuem os meios técnicos e os recursos financeiros para lhes proporcionarem a melhor qualidade de vida; aliás, muito objetivamente: «Os parentes já não dispõem de tempo para deles cuidarem. A filha ou a nora têm uma ocupação fora do lar. A família cada vez mais limita o número de filhos. Como se percebe, os casais já não têm tempo para os filhos, quanto mais para os velhos». (MELLO, 2000:307-8).

Nestas circunstâncias têm de ser criados os melhores equipamentos de acolhimento e acompanhamento dignos do idoso, independentemente de sentimentos de amor, carinho e afeto que, sendo importantes, não são suficientes para uma boa qualidade de vida.

Compete, então, à sociedade, através dos respetivos departamentos do Estado e Instituições Privadas, desenvolver as melhores condições para proporcionar a estes idosos um ambiente saudável, em todas as vertentes possíveis, designadamente, com o funcionamento competente de instituições apropriadas: centros de dia, lares, residenciais Clínicas de Cuidados Continuados e outros equipamentos afins, funcionando com pessoal especializado nas diversas abordagens geriátricas, mas também com um sistema de visitas para os familiares ajustado às disponibilidades destes e à comodidade do idoso.

Por outro lado, afigura-se grave que, por uma questão de preconceito, deixem os idosos em casa, sozinhos, durante mais de catorze horas, ou mesmo por dias consecutivos, sem meios de apoio às necessidades mais prementes, em vez de lhes proporcionar condições de convivência e entretenimento com os da mesma geração, em locais dotados com infraestruturas adequadas e de boa qualidade.

Quantos idosos não aparecem mortos, com aspeto de algum abandono, em suas próprias casas, sem que os parentes os tenham podido socorrer em tempo útil? (Ninguém deve ter qualquer preconceito a estas soluções, porque no outro extremo da vida, precisamente no início, quando a fragilidade é, ainda muito maior, também existem equipamentos apropriados às respetivas idades: creches, jardins-de-infância para os bebés e crianças, cujos pais também não têm condições para estar com eles, durante as vinte e quatro horas de cada dia).

Uma outra perspetiva solucionadora para os que preferem continuar uma vida ativa, qualquer que seja a atividade e vínculo, face a uma possível entidade patronal, condições de trabalho e remuneração, situa-se ao nível do exercício de funções que contribuam: não só para a manutenção da autoestima ou até melhorá-la; como também no sentido do idoso realizar tarefas que lhe garantam uma maior autonomia económico-financeira, do que a que lhe é proporcionada pela reforma, repondo, assim, as perdas resultantes da aposentação, que sempre se verificam, na maioria dos casos; e ainda para o manter integrado na sociedade e sentir-se útil, como qualquer outro cidadão, fruindo do direito de cidadania como é o trabalho, aliás, aos sessenta e cinco anos, grande parte das pessoas sofreriam danos irreparáveis, não só para elas, como para os familiares e, em geral, para a sociedade, se tivessem que ficar inativas.

Compete ao Estado social e às empresas, criarem condições para manter ocupados, com dignidade e sem quaisquer preconceitos caritativos, os cidadãos que manifestem vontade de prosseguir uma atividade produtiva, razoavelmente compensadora em termos remuneratórios, cumulativamente com o valor da reforma que possam auferir, (como de resto já se verifica em certas elites da sociedade), naturalmente, sujeitando-se a todos os impostos devidos, como qualquer outro trabalhador, no período ativo e normal de trabalho.

Por último, com toda a nossa humildade e generosidade, é importante recordar que, felizmente, muitos jovens e pessoas mais maduras, ainda gozam da felicidade de terem pais e até avós, porém, um dia, estas novas gerações, também, e Deus queira que sim, atingem a velhice e, certamente, merecem e apreciarão serem respeitados, solicitados e muito bem cuidados. Enganam-se os que pensam que vão ser novos, toda a vida. Não nos queiram, agora, apenas, para colocar o voto na urna. É muito feio, e não será, intelectualmente, honesto.

 

Bibliografia

 

MELLO Luiz Gonzaga de, (1980) Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas, 7ª Ed. Petrópolis: Vozes

NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. A Regra é simples, para se obter a PAZ”

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domingo, 7 de abril de 2024

Facebook: Instrumento para relações dignas e educadas.

Neste tempo complexo que o mundo atravessa, é essencial que saibamos utilizar as potencialidades das redes sociais: não para atacarmos quem quer que seja; não para ofendermos pessoas, instituições, nações; não para a infâmia, calúnia, humilhação e agressão sob qualquer forma; não para intervenções xenófobas, sexistas, etnocêntricas, racistas, pedófilas, pornográficas e de meras e baixas ostentações de ridicularias ofensivas.

É tempo de direcionarmos as nossas intervenções para: a partilha de conhecimentos, princípios, valores e bons sentimentos, próprios da dignidade superior da pessoa humana; é tempo de nos afastarmos de quem utiliza estes recursos para fomentar humilhações, provocações encapuzadas de anedotas pseudoinofensivas;  é tempo de sentenciarmos quem não tem a maturidade, o bom senso e a probidade perante os outros utilizadores, familiares, amigos e colegas; é tempo de dizer basta aos predadores Facebookianos e de lhes exigir responsabilidades e comportamentos cívicos, éticos e morais.

Debrucemo-nos, portanto, para as boas amizades que, paulatina e respeitosamente se vão “angariando” nas redes sociais e com elas, desenvolvermos o que de melhor nos podem proporcionar, precisamente, na partilha de bons princípios, valores, sentimentos e emoções com as afeições, assim e por esta via, conseguidas.

Nenhuma pessoa, em princípio, e até prova em contrário pode: levar a mal, sentir-se ofendida, humilhada ou provocada, no sentido negativo, quando ao estabelecer uma amizade virtual com outra, recebe desta, palavras de agradecimento, de gentileza, de carinho-social, enfim, uma atitude de sincera gratidão por ter aceitado um pedido de amizade.

É claro que se tem conhecimento que muitas situações deploráveis, algumas delas com consequências nefastas, e até irreparáveis, têm acontecido a partir das redes sociais, desde logo: encontros duvidosos; chantagens; violações; extorsões; violências diversas, cobranças e, provavelmente, algum homicídio. Tudo isto parece estar comprovado.

Nesta complexidade, é bom, é necessário, estar-se atento e, na medida do possível, não nos aliarmos a quem, através das redes sociais, manifesta comportamentos indecorosos, provocatórios do bom-nome, reputação e dignidade das pessoas, porque se não nos respeitam nas redes sociais, muito mais facilmente nos desrespeitam em privado, ou mesmo em público, na vida real. Apoiar este tipo de pessoas, equivale a ser como elas, ou ainda muito pior.

Em todo o caso, e para se tentar demover certo tipo de utilizadores das práticas impróprias que utilizam, pode-se-lhes dar uma ou outra oportunidade, dialogando com eles, sobre assuntos decentes: científicos, técnicos, culturais, literários, desportivos, entre outros, porém, se possível, nunca nos perfis/páginas deles, mas em contas de pessoas conhecidas, amigas e dignas.

A importância de virtualizar as redes sociais, agora mais do que nunca, torna-se essencial. É necessário: apaziguar hostilidades e conflitos; eliminar ofensas, provocações, insinuações torpes e mesquinhas. A urgência em redimensionar a função social e axiológica destas “ferramentas” tão poderosas, não pode ser adiada por mais tempo.

É um imperativo universal respeitarmo-nos, quaisquer que sejam os contextos. A necessidade de assumirmos a humildade parece evidente, assim como dotarmo-nos da coragem de abdicarmos de exibicionismos, de vaidades serôdias, relacionadas com o “Chiquismo-espertismo. Trata-se de uma oportunidade que se tem de agarrar, a partir destas redes sociais, para conseguirmos dignificar a sociedade, o Ser Humano e os princípios, valores, sentimentos e emoções que ela, a Pessoa Humana, como mais ninguém, transporta.

Fica aqui o apelo lancinante, qual “pedrada no charco”, para que saibamos utilizar as redes sociais para o Bem-comum, para começarmos por nos respeitarmos a nós próprios, a família, os amigos, os colegas, as instituições, os povos, as nações e todas as culturas, sejam elas elitistas e/ou antropológicas, de resto, os nossos atos, de ora em diante, recaem sempre nas novas gerações.

Não é, certamente, com ataques verbais, provocações, insinuações torpes, acusações sovinas e infundamentadas que conseguimos construir um mundo melhor, e alcançar a Paz. Os utilizadores das redes sociais não podem continuar a servir-se delas para: satisfação de instintos discriminatórios e sexistas, exibicionistas; humilhar e denegrir a honra, o bom-nome e a dignidade das pessoas, porque tudo isto só contribui para um clima de crispação, de ressentimentos, ódios e vinganças.

Aproveitemos estas novas tecnologias para o Bem-estar, para o Bem-comum, para a Paz e Felicidade dos Povos, porque, verdadeiramente, isto é que nos torna superiores, autenticamente humanos, merecedores do lugar supremo lugar que ocupamos neste espaço físico, que é o nosso Planeta Terra. Honremos esta supremacia que nos foi concedida por Alguém, Deus, as Mulheres e os Homens e não por nenhum outro animal.

 

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sábado, 30 de março de 2024

PÁSCOA. TEMPO DE ERRADICAR A POBREZA.

 Quando vivenciamos a Páscoa, como uma festa da alegria, obviamente que nos colocamos num registo otimista, com pensamentos positivos, determinados a não nos deixarmos abater pelos insucessos, pela escassez de solidariedade, pelas deslealdades, pela doença e pela falta de trabalho, bem pelo contrário, assumindo atitudes de esperança e confiança no futuro, que todos temos de ajudar a construir, independentemente da situação pessoa de cada pessoa.

É nesta perspetiva de confiança, de acreditar que é possível sermos melhores uns para os outros, que a imaginação criativa da pessoa humana, a sua inteligência e a determinação em construir um mundo mais tranquilo, mais solidário e mais fraterno, se consegue sair de muitas “crises” que, atualmente, sufocam muitos países, o povo humilde e trabalhador, que não é responsável por tais situações injustas que outros criaram, devido à ganância, ao desejo incontrolado de Poder e de Ter.

Páscoa enquanto festa para todos, não de pobres nem de ricos, embora estes, materialmente, tenham melhores condições e motivos para “festejar” o evento, com abundância, por vezes, estragando e deitando fora tantos produtos que saciariam a fome, e agasalhariam centenas de milhares de pessoas, só em Portugal.

Hoje, ainda no primeiro quarto do século XXI, mais do que nunca, torna-se extremamente aconselhável passar-se à prática, desde a conceção de medidas favoráveis à erradicação das situações de miséria à consequente aplicação ininterrupta das mesmas: para que todos os dias possa ser Páscoa; para que todos os dias haja solidariedade, amizade, fraternidade; para que todos os dias haja saúde, trabalho, justiça social, paz e felicidade.

Nesta Páscoa de 2024, alguém tem de lançar algumas sementes de esperança, para que: as pessoas e as famílias portuguesas, em particular; e as restantes por esse mundo afora, continuem a acreditar que não estão abandonadas; que existe uma saída; que os jovens têm futuro; os desempregados terão trabalho; os idosos serão respeitados e não voltarão a ser vítimas da espoliação dos seus parcos rendimentos, que lhes são devidos e para os quais contribuíram uma vida inteira de trabalho e que, por esse motivo, os aumentos das suas pensões devem acompanhar a inflação; e, finalmente, para que quem trabalha, lhe seja pago o justo e devido salário, sem cortes nem impostos brutais.

Vamos acreditar que a Páscoa deste ano será o início de um longo e brilhante futuro, para todas as pessoas sem exceção e que, querendo os responsáveis: financeiros, políticos, empresários, religiosos e trabalhadores, não mais haverá fome nem miséria; que os cuidados de saúde cheguem a toda a população; que a educação e formação, ao longo da nossa existência, nos preparará para enfrentar a vida; que a justiça nos protegerá e ajudará a restabelecer a honra, bom nome e dignidade, seja dos inocentes, seja dos arguidos, seja dos condenados.

Comemora-se, uma vez mais, a Ressurreição de Jesus Cristo e, com este acontecimento: devemos acordar para as diversas realidades da vida; para o incentivo a colaborarmos nas tarefas solucionadoras de variadíssimas situações anormais, injustas, irregulares e ilegítimas. Ressuscitemos nós, também, para os grandes princípios, valores, sentimentos e emoções que caracterizam e dignificam a pessoa verdadeiramente humana.

Nesta Páscoa, ficam aqui os votos muito sinceros do autor desta reflexão, que apontam no sentido de desculpabilizar todas as pessoas que, por algum meio e processo, o prejudicaram, ofenderam e magoaram, não significando esta atitude: “passar uma esponja”; esquecimento total, mas apenas a vontade de reconciliação, de tentar novos diálogos, novas abordagens, para um melhor e mais leal relacionamento.

Um apelo deixo aos mais favorecidos, a começar nos governos de todas as Nações, para que nunca, em circunstância alguma, descurem os cuidados humanistas que devem, e têm obrigação para com os seus cidadãos, afinal, todos aqueles que lhes concederam o imenso poder que, após o voto popular, assumem em seus países. Essa é que é a obra mais importante e que nesta Páscoa sirva de profunda reflexão para toda a população mundial.

Páscoa que se pretende para todas as pessoas, como um dia, pelo menos um dia no ano, de meditação, de recuperação de valores humanistas universais; um dia para festejar e recomeçar com novas: Precaução, Moderação, Robustez, Justiça, Fé, Confiança, Caridade, Comiseração e Generosidade. Uma nova Esperança Redentora, entre a família, os verdadeiros e incondicionais amigos.

A todas as pessoas: Páscoa Muito Alegre e Feliz. 


ALELUIA.

 

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domingo, 24 de março de 2024

Rentabilização Construtiva do Facebook

 Em tempos tive a possibilidade de assumir a responsabilidade ao escrever e publicar uma reflexão sobre os benefícios e malefícios das redes sociais, concretamente, sobre o Facebook. Critiquei, e continuarei a reprovar, intransigentemente, com profunda convicção, as intervenções escritas, icónicas, pictóricas que ofendem a dignidade da pessoa humana bem-formada, apesar de “só consultar tais perfis quem assim o deseja”, segundo alegam alguns utilizadores de tais incursões de baixo e inqualificável nível ético-moral.

No mesmo artigo manifestei, igualmente, o meu apoio a todas as pessoas que utilizam esta aplicação para encontrarem familiares, amigos, colegas de várias atividades, divulgarem conhecimentos, tecnologias, combinarem encontros, trocarem opiniões sobre os mais diversos e decentes temas, que se repercutem, universalmente: para o bem; ou para o mal; conforme as utilizações que se fazem.

Pretendo, agora, nesta reflexão, destacar as virtualidades positivas do Facebook, solidarizar-me com os utentes que escolhem este meio de comunicação para: divulgarem os seus conhecimentos; publicarem as matérias sobre os temas científicos, culturais, literários, tecnológicos; e quaisquer outros que acrescentem riqueza ao património axiológico mundial, desde logo, ao nível da Cidadania, Direitos Humanos, Felicidade, Paz, Bem-Comum, entre muitos outros.

Naturalmente que é aceitável, porventura, desejável, que se elaborem e publiquem trabalhos de índole crítica, porém, com objetivos construtivos, sem entrar no domínio do irracional, dos “esquemas” da mais baixa moral e, principalmente, sem invocar/exibir as diversas práticas de pedofilia, pornografia, orgia e outras aberrações antiéticas e antimorais.

Os utilizadores do Facebook estão em permanente observação, em qualquer parte do mundo, no ciberespaço, por milhões de pessoas, entidades públicas e/ou privadas. É, até, compreensível que assim seja, para que se saiba: “quem é quem?”; “quem está com quem?”; “quem faz o quê?”; “quem apoia, o que gosta e com quem gosta de conversar?”, porque a resposta a estas questões, conduz-nos imediatamente ao velho provérbio: “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.

Em bom rigor, se uma determinada pessoa, sistematicamente, dialoga acompanha, concorda, apoia, certo tipo de outras criaturas e se estas revelam comportamentos extrovertidos, atentatórios de princípios, valores e sentimentos nobres, é possível que, mais tarde ou mais cedo, tal pessoa venha a ser como aquela com quem se relaciona em atitudes de baixo nível educacional, cultural, civilizacional e ético-moral, podendo vir a ser provável que quem regularmente se relaciona e acompanha, por exemplo, com indivíduos do mundo do crime, acabem por se afundar nesse mesmo universo tenebroso.

É muito frequente que os utilizadores do Facebook, para determinados fins legais, justos e legítimos, de troca de informações decentes, peçam e aceitem as denominadas “amizades”, como se afigura de bom gosto, e educação sociocultural, agradecer a aceitação de uma afeição Facebookiana, com a colocação de um simples “gosto/curto/like/ adoro/ amo”, expressões universalizadas, que se colocam sobre fotos e frases de quem nos aceitou como amigo. É uma espécie de cortesia.

Os termos utilizados: “gosto/curto/like/adoro/amo”, são, afinal, aqueles que o sistema disponibiliza, e nada tem a ver com qualquer atitude de ofensa, abuso de confiança, tentativa de “conquista”. É, apenas, uma atitude de gratidão, de gentileza e elogio para com a pessoa, ou entidade, que nos aceitou como amigo, na circunstância, virtual.

Manifestar gratidão, elogiar educadamente, proferir uma opinião gentil, afinal só é possível entre pessoas cultas, educadas, de boa-formação ético-moral e, principalmente, empenhadas em relações sociais de elevado nível civilizacional, que nada têm a ver com as intervenções de outros estratos da sociedade que, para se tornarem “engraçadamente mal-educados”, recorrem ao: insulto, à insinuação sexista, tudo isto encoberto numa “cândida” garotice.

O Facebook é, excluindo os exageros indecentes, exibicionistas e mal-educados, de algumas pessoas, de muito duvidosa reputação, a todos os níveis, da dignidade humana, um recurso tecnológico que  se julga necessário rentabilizar, pela positiva, ou seja: partilhar a excelência do que de melhor existe na sociedade cultural, política, religiosa, empresarial, científica, tecnológica, financeira, económica, enfim, num universo que se deseja humanista, no respeito de “todos por todos”, de resto, não se pode ignorar que as nossas crianças, hoje em dia, são imensamente inteligentes e,  ainda com pouca idade, já sabem manejar um computador e entrar na internet, bem como em todas as redes sociais.

Pelo Facebook, e outras aplicações que integram as redes sociais, existe o recurso poderoso de penetrarmos em todas as casas, estados e, inclusivamente, no nosso próprio espaço, isto é: não há fronteiras para estarmos em permanente contacto, vivenciarmos, em tempo real, as mais inimagináveis situações, por isso é que é tão importante que se dê o bom uso desta maravilhosa “ferramenta” tecnológica.

 

 

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terça-feira, 19 de março de 2024

O DIA DO PAI EM PORTUGAL.

Pai: responsável pelo superior interesse dos filhos.


«É comemorado no dia 19 de março. Celebra-se no dia de São José, santo popular da igreja católica, marido de Santa Maria e pai terreno de Jesus Cristo.»

(in: https://www.calendarr.com/portugal/dia-do-pai/


O “Dia do Pai” deve, naturalmente, ser um período de profunda reflexão: quer para o Pai; quer para os filhos; quer também, e por que não, para a Esposa/Mãe, no sentido de aprofundar conhecimentos, boas-práticas, analisar comportamentos, valores e sentimentos, para que se corrija o que tem estado mal, ou menos bem.

Atualmente, grande parte das tarefas domésticas são desempenhadas, repartidamente, tanto pela Mãe como pelo Pai, muito embora, presumivelmente, a esposa consiga melhores resultados em determinadas lides e o marido noutras e, ainda, em algumas, apenas a Mãe consegue realizar, nomeadamente, amamentar, naturalmente, os filhos.

É interessante examinar o empenhamento com que muitos Pais, homens, se envolvem nas funções que beneficiam o bem-estar dos filhos, promovem a autoestima destes, e contribuem para um futuro bom e estável, particularmente, no sentido da saúde, educação, formação, emprego e habitação. 

Estes são os Pais, homens, que assumem, responsavelmente, a paternidade e que, felizmente, assim procede a maioria deles.

Neste dia consagrado ao Pai, também não se pode olvidar aqueles Pais, homens, que, em dado momento, pelas mais diversas razões, não conseguiram acompanhar os seus filhos, deixando-os entregues aos cuidados da Mãe e, na maior parte dos casos, também, dos avós maternos, naturalmente com eventuais danos para os superiores interesses destas crianças, pelo menos quando não havia qualquer tipo de violência doméstica.

O mais grave, é, talvez, o abandono dos filhos, depois de profundas perturbações familiares, desde a violência, nas suas diferentes formas, à negligência, quanto à dádiva de amor e afetos, cuidados adequados e outras dimensões espírito-sentimentais, a que se segue a negação de qualquer apoio material para sustento, cuidados médicos e medicamentosos da criança, educação e formação. 

O Pai que abdica dos filhos, naquelas circunstâncias, de facto não reúne condições para educar os seus descendentes.

Estes Pais, homens, indiscutivelmente irresponsáveis, desamorosos, deveriam ser severamente punidos, por isso, este é o dia indicado para que quem governa reflita nestas situações, melhorando as leis de proteção das crianças, de contrário o futuro do mundo ficará, irremediavelmente, comprometido, porque as crianças são o maior tesouro da humanidade.

Dia do Pai, apenas um dia por ano, o que significa que para muitos filhos e pais, os restantes trezentos e sessenta e quatro dias, uma parte significativa daquelas pessoas – Pais e Filhos –: se esquecem muitos deveres e direitos; não se manifestam sentimentos e emoções; não há lugar para as ofertas e presentes, materiais e/ou afetivos.

É um dever de paternidade exercer, todo o ano, as sublimes e autênticas responsabilidades de Pai, como é um direito dos filhos, também um dever, receber do Pai e da Mãe, todos os cuidados e, por outro lado, cabe aos filhos amarem, respeitarem e apoiarem os seus pais, quando estes mais necessitam na vida.

  

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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sábado, 16 de março de 2024

Direitos Humanos e Respetivas Gerações.

A evolução dos Direitos do Homem tem sido uma constante ao longo do tempo, porque também neste âmbito, não há sistemas perfeitos e, as alterações sociológicas, a mudança de mentalidades e as exigências de uma sociedade moderna, influenciam a amplitude de valores e princípios que devem reger a humanidade.

Assim, os Direitos Humanos acompanham, necessariamente, as transformações que se vêm operando nas sociedades “civilizadas”, verificando-se, neste domínio, uma permanente exigência de direitos. Esta evolução divide-se em direitos de:

a)  Primeira Geração dos Direitos Humanos – As grandes declarações dos finais do século XVIII têm a marca do aparecimento e desenvolvimento das burguesias europeias, da luta destas contraestruturas, instituições e mentalidades do antigo regime. Nesta fase, os direitos humanos têm um cunho eminentemente individualista, resultante da luta das classes mais desfavorecidas, não descurando, contudo, uma certa proteção dos interesses da classe burguesa. Nesta geração de direitos, destacam-se: «a liberdade de circulação, respeito pela personalidade (respeito pelo domicílio; segredo da correspondência), liberdade de consciência e de expressão, no essencial. (...). Outros direitos ligados à burguesia também integram esta primeira geração: direito de propriedade, como liberdade fundamental.» (Ibid.:45).

b) Segunda Geração dos Direitos do Homem – Aqui exige-se a intervenção do Estado, a sua prestação. Direitos ditos económicos, sociais e culturais, encontrámo-los nos direitos: à saúde, à educação, ao trabalho, à segurança social, a um nível de vida decente. Isto implica do Estado uma prestação substancial em apoios de diversa natureza: financeiros, infraestruturas, recursos humanos, ou seja, passam de um Estado mínimo criação e proteção às liberdades fundamentais para um Estado-Providência.

Esta segunda geração de Direitos do Homem é o produto de um conjunto de lutas e evoluções, que refletem uma filosofia em muitos aspetos diferente da que animava, pelo menos em parte, os redatores das Constituições e Declarações revolucionárias: «Uma tal Filosofia que se pode qualificar, globalmente, de socializante (...) chamando a atenção para um tema novo relacionado com a situação de finais do séc. XVIII: a miséria do proletariado operário, e em geral das classes e camadas dominadas.» (Ibid.:48).

c)  Terceira Geração dos Direitos do Homem – Esta fase da evolução dos Direitos do Homem, será classificada como uma “banalização dos direitos do homem”. Na verdade, proclamam-se, agora, direitos mais vagos, imprecisos tais como os direitos: à paz; a um meio ambiente protegido; a um desenvolvimento harmonioso das culturas: «Com efeito, para que os direitos do homem possuam um significado preciso (...) são necessárias quatro condições bem definidas: um titular que possa beneficiar deles; um objecto que dê um conteúdo ao direito; uma oponibilidade que permita que o titular faça valer o seu direito face a uma instância e uma instância organizada.» (Ibid.:51).

A banalização suave dos Direitos do Homem conduz a que cada grupo reivindique para si mesmo, nas situações mais diversas, vantagens especiais, corretoras para o seu estado desfavorecido. Depois: «Corre-se o risco de enfraquecer os direitos da primeira geração, esvaziando de todo o conteúdo o princípio de igualdade perante a lei; (...) suscita-se, inevitavelmente, um processo de arbitragem que, sem dúvida, terá os efeitos mais desastrosos: como não se pode satisfazer todas essas reivindicações ao mesmo tempo (...) é necessário recusar algumas (...). A consequência inevitável será um enfraquecimento da exigência inicial dos direitos do homem no espírito dos cidadãos: ter-se-á esquecido que a exigência primeira tinha a ver com a luta contra o arbítrio, que esse combate não pode ter excepções, que a segurança é ridicularizada na maior parte dos países do mundo, e no que respeita a esta última, nenhum acomodamento é aceitável, nenhuma transacção é legítima.» (Ibid.:213).

 

BIBLIOGRAFIA

 

HAARSCHER, Guy, (1993). A Filosofia dos Direitos do Homem. Tradução, Armando F. Silva. Lisboa: Instituto Piaget.

PEREIRA, Júlio César Rodrigues, (1993). Epistemologia e Liberalismo, (Uma Introdução à Filosofia de Karl R. Popper), Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Colec. Filosofia – 9, EDIPUCRS, (Págs. 163-177)

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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